quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Impacto social do Reggae

O Reggae, estilo musical de origem jamaicana, teve um grande impacto na sociedade, com a sua forma irreverente de se vestir, as gírias utilizadas e a religião.
O modo de se vestir era bem diferenciado, com suas pulseiras e toucas de artesanato, com suas camisas grandes, suas calças largas e com seus dreads, eles se sentiam confortáveis e respeitados. A sua religião o movimento rastafári. Muitos rastafáris são vegetarianos, ou comem apenas alguns tipos de carne, vivendo pelas leis alimentares do Levítico e do Deuteromônio no velho testamento. Outro costume comum proibido era o de cortar ou pentear os cabelos. Essa tradição religiosa Rasta também é fundamentada em diretrizes sagradas. O "Dread", de forma abreviada, também serve para que sempre esteja ligado com o corpo, ou seja, cada Dread é ligado espiritualmente com alguma parte do corpo.
                                             Monique Vasconcelos dos Santos .

domingo, 11 de setembro de 2011

Mercado do Reggae no Brasil



Já não se faz mais Reggae como antigamente. Essa frase pode parecer antiga e comum, mas retrata muito bem o momento em que o cenário musical de nosso país se encontra. O Reggae virou um produto e, muito ruim em sua grande maioria. Mesmo sendo ruins, estes produtos só estão na “crista da onda”, pois tem público para consumi-lo, e o maior responsável por essa mercadoria pobre é a mídia sem escrúpulos, que faz uma tremenda “lavagem cerebral” nos ouvintes, que não têm a oportunidade de escutar o que chamamos de verdadeiro “Reggae Music”, seja roots ou não. Dessa maneira, o público é obrigado a se contentar com o que é divulgado e não pode conhecer os pioneiros do ritmo de jah.
Artistas como U Roy, que iniciou animando os bailes como DJ de sound-systems, ou também o vendedor de discos paraense, o dono de radiola Riba Macedo, que começou a tocar o reggae entre os forrós e merengues em São Luís. Sem falar nos jurássicos nacionais, Chico Evangelista, que cantou o “Reggae da Independência”, e Raimundo Sodré, famoso graças ao reggae “A Massa”. Edson Gomes na Bahia, Luís Vagner, Jualê, Walking Lions e João Terra em São Paulo, Dionorina, Ras Bernardo no subúrbio do Rio e tantos outros que eu poderia citar, os “bambas do Reggae”, estão esquecidos pelos meios de comunicação de massa.
Fora alguns que nunca nem ouvimos falar, e que infelizmente, não estão mais entre nós, mas jamais poderiam cair no esquecimento. Suas músicas representam o que há de melhor. São riquezas na qual quem viveu à época, sente a falta. Até porque o bombardeio de canções com linhas melódicas pobres e letras descaracterizadas é tão grande, que o Reggae virou um verdadeiro modismo. O que reclamo é justamente a falta de bom senso da mídia e produtores que não dão chance para convivermos com o bom gosto e o ridículo. Hoje em dia só podemos conviver com a segunda opção, fazendo com que nossas mentes se tornem vagas e aceitemos com mais facilidade coisas pobres e sem nexo.
É preciso acordar! Não vamos deixar os saudosos e verdadeiros pioneiros do Reggae Nacional no esquecimento. Chega de desgastar a imagem de Bob Marley com um mês de Tributos à esmo que promovem a contradição de seus pensamentos!
Será que só os “gringos” enxergam a nossa boa música? Se vocês repararem, em cada estilo musical há um grupo ou cantor que levantou a bandeira e representou em grande estilo a camisa desse time. Já chega de descaso. Só em nosso país, enfrentamos o descaso das autoridades na saúde, na segurança, na educação e em outras áreas que não preciso nem citar. No Reggae, nem que tenhamos que voltar a ser underground, mas ainda é tempo de mudar!

reggae e a sociedade - Movimento rastafári.

Reggae e sociedade
Original da década de 1960, o ritmo divide-se em dois subgêneros, o "roots reggae" (raízes do reggae) e o "dancehall reggae", que é originário da década de 1970. O reggae é constantemente associado ao movimento rastafari, que, de fato, influenciou muitos dos músicos apologistas do estilo reggae nas décadas de 1970 e 1980. De qualquer maneira, o reggae trata de vários assuntos, não se restringindo à cultura rastafariana, como o amor, o sexo e principalmente a crítica social[9].

Uma das características que podem caracterizar o reggae é a crítica social, como por exemplo cantar a desigualdade, o preconceito, a fome e muitos outros problemas sociais[10].

Movimento Rastafári
O rastafarianismo, também conhecido como movimento rastafári ou Rastafar-I (rastafarai) é um movimento religioso que proclama Hailê Selassiê I, imperador da Etiópia, como a representação terrena de Jah (Deus). Este termo advém de uma forma contraída de Jeová encontrada no salmo 68:4 na versão da Bíblia do Rei James, e faz parte da trindade sagrada o messias prometido. O termo rastafári tem sua origem em Ras ("príncipe" ou "cabeça") Tafari ("da paz") Makonnen, o nome de Hailê Selassiê antes de sua coroação[1].

O movimento surgiu na Jamaica entre a classe trabalhadora e camponeses negros em meados dos anos 20, iniciado por uma interpretação da profecia bíblica em parte baseada pelo status de Selassiê como o único monarca africano de um país totalmente independente e seus títulos de Rei dos Reis, Senhor dos Senhores e Leão Conquistador da Tribo de Judah, que foram dados pela Igreja Ortodoxa Etíope.

Alguns historiadores, afirmam que o movimento surgiu, e teve posteriormente adesão, por conta da exploração que sofria o povo jamaicano, o que favorece o surgimento de idéias religiosas e líderes messiânicos.

Outros fatores inerentes ao seu crescimento incluem o uso sacramentado da maconha ou "erva", aspirações políticas e afrocentristas, incluindo ensinamentos do publicista e organizador jamaicano Marcus Garvey (também freqüentemente considerado um profeta), o qual ajudou a inspirar a imagem de um novo mundo com sua visão política e cultural.

O movimento é algumas vezes chamado rastafarianismo, porém alguns rastas consideram este termo impróprio e ofensivo, já que "ismo" é uma classificação dada pelo sistema babilônico, o qual é combatido pelos rastas.

O movimento rastafári se espalhou muito pelo mundo, principalmente por causa da imigração e do interesse gerado pelo ritmo do reggae; mais notavelmente pelo cantor e compositor de reggae jamaicano Bob Marley. No ano 2.000 havia aproximadamente um milhão de seguidores do rastafarianismo pelo mundo, algo difícil de ser comprovado devido à sua escolha de viver longe da civilização. Por volta de 10% dos jamaicanos se identificam com os rastafáris. Muitos rastafáris são vegetarianos, ou comem apenas alguns tipos de carne, vivendo pelas leis alimentares do Levítico e do Deuteronômio no Velho Testamento.

O encorajamento de Marcus Garvey aos negros terem orgulho de si mesmos e de sua herança africana inspiraram Rastas a abraçar todas as coisas africanas. Eles eram ensinados que haviam sofrido lavagem cerebral para negar todas as coisas negras e da África, um exemplo é o porque que não te ensinam sobre a antiga nação etíope, que derrotou os italianos duas vezes e foi a única nação livre na África desde sempre. Eles mudaram sua própria imagem que era a que os brancos faziam deles, como primitivos e saídos das selvas para um desafiador movimento pela cultura africana que agora é considerada como roubada deles, quando foram retirados da África por navios negreiros. Estar próximo a natureza e da savana africana e seus leões, em espírito se não fisicamente, é primordial pelo conceito que eles tem da cultura africana. Viver próximo e fazer parte da natureza é visto como africano. Esta aproximação africana com a natureza é vista nos dreadlocks, ganja, e comida fresca, e em todos os aspectos da vida rasta. Eles desdenham a aproximação da sociedade moderna com o estilo de vida artificial e excessivamente objetivo, renegando a subjetividade a um papel sem qualquer importância.

Os rastas dizem que os cientistas tentam descobrir como o mundo é por uma visão de fora, enquanto eles olham a vida de dentro, olhando para fora; e todo rasta tem de encontrar sua própria verdade.

Outro importante identificador do seu afrocentrismo é a identificação com as cores verde, dourado, e vermelho, representantativas da bandeira da Etiópia. Elas são o símbolo do movimento rastafári, e da lealdade dos rastas a Hailê Selassiê, à Etiópia e a África acima de qualquer outra nação moderna onde eles possivelmente vivem. Estas cores são freqüentemente vistas em roupas e decorações; o vermelho representaria o sangue dos mártires, o verde representaria a vegetação da África enquanto o dourado representaria a riqueza e a prosperidade do continente africano.

Muitos rastafáris aprendem a língua amárica, que eles consideram ser sua língua original, uma vez que esta é a língua de Hailê Selassiê, e para identificá-los como etíopes; porém na prática eles continuam a falar sua língua nativa, geralmente a versão do inglês conhecida como patois jamaicano. Há músicas de reggae escritas em amárico.

Bob Marley

Bob Marley

Robert Nesta Marley, mais conhecido como Bob Marley (Nine Mile, 6 de fevereiro de 1945 — Miami, 11 de maio de 1981) foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Ele foi chamado de "Charles Wesley dos rastafáris" pela maneira com que divulgava a religião através de suas músicas.

Bob foi casado com Rita Marley, uma das I Threes, que passaram a cantar com os Wailers depois que eles alcançaram sucesso internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (dois deles adotados), os renomados Ziggy e Stephen Marley, que continuam o legado musical de seu pai na banda Melody Makers. Outro de seus filhos, Damian Marley (vulgo Jr. Gong) também seguiu carreira musical.

Juventude

Bob Marley nasceu em 6 de fevereiro de 1945 em Saint Ann, no interior da Jamaica, filho de Norval Sinclair Marley, um militar branco, capitão do exército inglês e Cedella Booker, uma adolescente negra vinda do norte do país. Cedella e Norval estavam de casamento marcado para 9 de julho de 1944. No dia seguinte ao seu casamento, Norval abandonou-a, porém continuou dando apoio financeiro para sua mulher e filho. Raramente os via, pois estava constantemente viajando. Após a morte de Norval em 1955, Marley e sua mãe se mudaram para Trenchtown, uma favela de Kingston, onde o garoto era provocado pelos negros locais por ser mulato e ter baixa estatura (1,63 m), além de ter uma juventude muito difícil, Bob Marley começou a usar maconha com 7 anos.

Carreira Musical

Princípio

Marley começou suas experimentações musicais com o ska e passou aos poucos para o reggae enquanto o estilo se desenvolvia. Marley é talvez mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo de reggae The Wailers, que incluía outros dois célebres músicos, Bunny Wailer e Peter Tosh. Livingstone e Tosh posteriormente deixariam o grupo para iniciarem uma bem-sucedida carreira solo.

A maioria do trabalho inicial de Marley foi produzida por Coxsone Dodd no Studio One. O relacionamento dos dois se deterioraria mais tarde devido a pressões financeiras, e no começo da década de 1970 ele produziu o que é considerado por muitos o seu melhor trabalho, então pelas mãos de Lee "Scratch" Perry. A dupla também se separaria, desta vez por problemas com direitos autorais. Eles trabalhariam juntos novamente em Londres, e permaneceriam amigos até a morte de Marley.

O trabalho de Bob Marley foi amplamente responsável pela aceitação cultural da música reggae fora da Jamaica. Ele assinou com o selo Island Records, de Chris Blackwell, em 1971, na época uma gravadora bem influente e inovadora. Foi ali, com No Woman, No Cry em 1975, que ele ganhou fama internacional..

Tiroteio e violência eleitoral

Em 1976, dois dias antes de um show gratuito organizado por Bob Marley e o então primeiro-ministro jamaicano Michael Manley durante as eleições gerais, Marley, sua esposa Rita e o empresário Don Taylor foram baleados na residência do astro em Hope Road. Marley sofreu ferimentos leves no braço e no tórax. Don Taylor levou a maior parte dos tiros em sua perna e torso ao andar acidentalmente na frente da linha de fogo. Ele foi internado em estado grave mas recuperou-se. Rita Marley também foi internada após um grave ferimento na cabeça. Acredita-se que o tiroteio teve motivações políticas (os políticos jamaicanos eram em geral violentos na época, especialmente quando as eleições se aproximavam). O concerto foi visto como um gesto de apoio ao primeiro-ministro, e supostamente Marley foi alvo dos defensores do partido conservador da Jamaica, o Jamaican Labour Party. Embora a polícia nunca tenha pego os atiradores, os seguidores de Marley mais tarde "acertaram as contas" com eles nas ruas de Kingston. Além disso, o Candidato Michael Manley foi eleito.

Final de carreira

Bob Marley deixou a Jamaica no final de 1975 e foi para a Inglaterra, onde gravou os álbuns Exodus e Kaya e onde também foi preso pela posse de um cigarro de maconha. Ele lançou a música Africa Unite no álbum Survival em 1979, e então foi convidado a tocar nas comemorações pela independência do Zimbabwe em 17 de abril de 1980.

Convicções políticas e religiosas

Bob Marley era adepto da religião rastafári. Ele foi influenciado por sua esposa Rita, e passou a receber os ensinamentos de Mortimer Planno. Ele servia de fato como um missionário rasta (suas ações e músicas demonstram que isso talvez fosse intencional), fazendo com que a religião fosse conhecida internacionalmente. Em suas canções Marley pregava irmandade e paz para toda a humanidade. Antes de morrer ele foi inclusive batizado na Igreja Ortodoxa da Etiópia com o nome Berhane Selassie.
     Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida.
— Bob Marley

Marley era um grande defensor da maconha, usada por ele no sentido da comunhão, apesar de que seu uso não é consenso entre os rastafáris. Na capa de Catch a Fire inclusive ele é visto fumando um cigarro de maconha, e o uso espiritual da cannabis é mencionado em muitas de suas músicas.

Marley também tinha conexões com a seita rastafári "Doze Tribos de Israel", e expressou isso com uma frase bíblica sobre José, filho de Jacó, na capa do álbum Rastaman Vibration.

A batalha contra o câncer

Diagnóstico

Em julho de 1977 Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que ele pensou ter sofrido durante uma partida de futebol. A ferida não cicatrizou, e sua unha posteriormente caiu; foi então que o diagnóstico correto foi feito. Marley na verdade sofria de uma espécie de câncer de pele, chamado melanoma maligno, que se desenvolveu sob sua unha. Os médicos o aconselharam a ter o dedo amputado, mas Marley recusou-se devido aos princípios rastafaris que diziam que os médicos são homens que enganam os ingênuos, fingindo ter o poder de curar. Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge (na verdade, a preocupação de Bob Marley era quanto à amputação de qualquer parte de seu corpo, seja o dedo do pé ou suas tranças. Para os seguidores dessa religião/filosofia, não se deve cortar, aparar ou amputar qualquer parte do corpo). Marley então passou por uma cirurgia para tentar extirpar as células cancerígenas. A doença foi mantida em segredo do grande público.

Conversão

Segundo seu filho Ziggy Marley, Marley se converteu ao cristianismo antes de morrer. O motivo seria o de que, segundo a religião rasta, o corpo é um templo sagrado e por isso retirar o câncer seria errado. Marley teria descoberto muitas coisas semelhantes entre o rastafarianismo e o cristianismo e decidido que seu corpo deveria ser cuidado. O próprio Ziggy ainda tenta espalhar o legado de seu pai, com ideais e raízes do rastafarianismo e do reggae, mas com um entendimento cristão.[1][2][3]

Colapso e tratamento

O câncer espalhou-se para seu cérebro, pulmão e estômago. Durante uma turnê no verão de 1980, numa tentativa de se consolidar no mercado norte-americano, Marley desmaiou enquanto corria no Central Park de Nova Iorque. Isso aconteceu depois de uma série de shows na Inglaterra e no Madison Square Garden, mas a doença o impediu de continuar com a grande turnê agendada. Marley procurou ajuda, e decidiu ir para Munique para tratar-se com o controverso especialista Josef Issels por vários meses, não obtendo resultados.

Morte

Um mês antes de sua morte, Bob Marley foi premiado com a Ordem ao Mérito Jamaicana. Ele queria passar seus últimos dias em sua terra natal, mas a doença se agravou durante o vôo de volta da Alemanha e Marley teve de ser internado em Miami. Ele faleceu no hospital Cedars of Lebanon no dia 11 de maio de 1981 em Miami, Flórida, aos 36 anos. Seu funeral na Jamaica foi uma cerimônia digna de chefes de estado, com elementos combinados da Igreja Ortodoxa da Etiópia e do Rastafarianismo. Ele foi sepultado em uma capela em Nine Mile, perto de sua cidade natal, junto com sua guitarra favorita, uma Fender Stratocaster vermelha.

Reputação póstuma

A música e a lenda de Bob Marley ganharam mais e mais força desde sua morte, e continuam a render grandes lucros para seus herdeiros. Também deu a ele um status mítico, similar ao de Elvis Presley e John Lennon. Marley é enormemente popular e bastante conhecido ao redor do mundo, particularmente na África e na América Latina. É considerado por muitos como o primeiro popstar do Terceiro Mundo.

Controvérsia sobre o local do túmulo

Em janeiro de 2005 foi divulgado que Rita Marley estava planejando exumar os restos de Bob Marley e enterrá-los em Shashamane, Etiópia. Ao anunciar sua decisão, Rita afirmou que "toda a vida de Bob foi centrada na África, não na Jamaica". Os jamaicanos foram amplamente contra a proposta, e a comemoração do aniversário de Bob em 6 de fevereiro de 2005 foi celebrada em Shashamane pela primeira vez, pois, antes todas as outras haviam sido realizadas na Jamaica.

Prêmios e honrarias

    * 1976 - Banda do Ano (Rolling Stone)
    * Junho de 1978 - Premiado com a "Medalha de Paz do Terceiro Mundo" pelas Nações Unidas
    * Fevereiro de 1981 - Premiado com a mais alta condecoração jamaicana, a "Ordem ao Mérito"
    * 1999 - Álbum do Século (Revista Time) por Exodus
    * Fevereiro de 2001 - Uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood
    * Fevereiro de 2001 - Premiado com um Grammy pelo "Conjunto da Obra"
    * 2004: Rolling Stone Magazine classificou-o # 11 em sua lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos"[4]
    * "One Love" chamada canção do milênio pela BBC
    * Votado como um dos maiores letristas de todos os tempos por uma sondagem da BBC

o reggae

Reggae é um gênero musical desenvolvido originalmente na Jamaica do fim da década de 1960. Embora por vezes seja usado num sentido mais amplo para se referir à maior parte dos tipos de música jamaicana, o termo reggae indica mais especificamente um tipo particular de música que se originou do desenvolvimento do ska e do rocksteady.
O reggae se baseia num estilo rítmico caracterizado pela acentuação no tempo fraco, conhecido como skank. O estilo normalmente é mais lento que o ska porém mais rápido que o rocksteady, e seus compassos normalmente são acentuados na segunda e na quarta batida, com a guitarra base servindo ou para enfatizar a terceira batida, ou para segurar o acorde da segunda até que o quarto seja tocado. É principalmente essa "terceira batida", sua velocidade e o uso de linhas de baixo complexas que diferencia o reggae do rocksteady, embora estilos posteriores tenham incorporado estas inovações de maneira independente.

O cantor e compositor Bob Marley é o ícone deste estilo musical.

A edição de 1967 do Dictionary of Jamaican English ("Dicionário de inglês jamaicano") lista reggae como "a recently estab. sp. for rege", as in rege-rege, a word that can mean either "rags, ragged clothing" or "a quarrel, a row". ("uma grafia recentemente estabelecida de rege", como em rege-rege, palavra que pode significar tanto "farrapos", "roupas rasgadas" quanto "uma confusão", "uma discussão".)[2]

Como um termo musical apareceu pela primeira vez no hit de 1968 "Do the Reggay", dos Maytals, porém já era usado em Kingston, capital da Jamaica, como nome de uma dança mais lenta e de um estilo de rocksteady.[3] Como declarou o artista do gênero Derrick Morgan:

    Não gostávamos do nome 'rock steady' ("rock constante"), então tentei algo diferente numa versão de "Fat Man". A batida foi mudada novamente, e o órgão usado para assustar. Bunny Lee, o produtor, gostou daquilo. Ele criou o som com o órgão e a guitarra base. Soava como 'reggae, reggae', e aquele nome pegou. Bunny Lee começou a usar a palavra e logo todos os músicos estavam dizendo 'reggae, reggae, reggae'.[3]

O historiador do reggae Steve Barrow credita a Clancy Eccles a alteração do termo streggae ("mulher fácil"), do patois jamaicano, para reggae.[3] Toots Hibbert, no entanto, disse:

    Existe uma palavra que usávamos na Jamaica, 'streggae'. Se uma garota estiver passando e os caras olharem para ela e disserem 'Man, she's streggae', significa que ela não se veste bem, parece esfarrapada. As garotas diziam isso sobre os homens também. Certa manhã eu e meus dois amigos estávamos tocando, e eu disse 'OK man, let's do the reggay.' Foi apenas algo que saiu da minha boca. E então começamos a cantar 'Do the reggay, do the reggay', e criamos uma batida. As pessoas me disseram mais tarde que tínhamos dado um nome ao som. Antes daquilo as pessoas o chamavam de blue-beat e todo tipo de coisa. Agora está no Guinness World of Records.[4]

Bob Marley teria alegado que a palavra reggae veio de um termo espanhol que se refere à "música do rei".[5] Os comentários em To the King, uma compilação de música gospel reggae cristã, sugere que o termo viria do latim regi, "para o rei".
Precursores

Embora tenha sido influenciado fortemente pela música tradicional africana e caribenha, assim como pelo rhythm and blues americano, o reggae traça sua origem direta ao desenvolvimento progressivo do ska e do rocksteady na Jamaica da década de 1960.

O ska surgiu pela primeira vez nos estúdios da Jamaica entre os anos de 1959 e 1961, desenvolvendo-se a partir de um gênero anterior, o mento.[3] O ska caracteriza-se por uma linha de walking bass, ritmos acentuados da guitarra ou do piano no tempo fraco, e, por vezes, riffs jazzísticos nos metais. Além de sua imensa popularidade entre os adeptos da moda rude boy, no país, o estilo conquistou muitos adeptos entre os mods, na Grã-Bretanha, a partir de 1964. De acordo com Barrow, os rude boys começaram a tocar deliberadamente os seus discos de ska à meia velocidade, preferindo danças mais lentamente como parte de sua imagem de durões.[3]

Em meados da década diversos músicos já haviam começado a tocar o ska num andamento mais lento, enfatizando a linha de baixo e os tempos fracos. O som mais lento foi chamado de rocksteady, o nome de um single de Alton Ellis. Esta fase da música jamaicana durou apenas até 1968, quando os músicos começaram a deixar ainda mais lento os andamentos das músicas, e acrescentaram a elas ainda mais efeitos; isto levou à criação do reggae.

curiosidades sobre o reggae!

Saiba sobre o Reggae

Muitos falam que quem ouve Reggae são pessoas de má índole, entretanto o reggae é apenas um estilo musical, sendo apreciado por muitos, tanto jovens como também adultos, por drogados e viciados e por pessoas de bem, estudantes e trabalhadores, assim como em qualquer outro estilo de musica.
Podendo se caracterizar como crítica social para muitas pessoas de cultura Rastafári, sendo o cantor Bob Marley um dos mais famosos do gênero, ele adorou o reggae até a morte e é um bom exemplo para se citar, onde sempre que falamos de reggae, falamos de Bob.
Bob Marley morreu em 1981 em Miami, depois que descobriu que tinha câncer. Ele ganhou bastante dinheiro cantando apenas reggae. E como todos sabemos Bob não era um ser mal e ambicioso, deixando todo seu dinheiro para seus filhos e para a esposa. Suas fotos são interessantes e marcantes, onde com todo o seu estilo e atitude se tornou o rei do reggae. As cores que Bob usava até hoje são usadas por jovens e adeptos.
O reggae surgiu na década de 60 e atualmente podemos encontrar bons cantores de reggae como Chimarruts e Armandinho, mas ainda podemos ouvir as músicas de Bob Marley, que são bastante ouvidas e preferidas para quem gosta deste estilo.

Mitos do Reggae!!!

Músicos Que se Tornaram Uma Lenda no Mundo do Reggae!!!
Musicians who became a legend in Reggae!!!



  
Seydou Koné conhecido como Alpha Blondy

Alpha Blondy (seu nome verdadeiro é Seydou Koné, nascido em 1 de janeiro de 1953 em Dimbokro, Costa do Marfim) é um cantor de reggae. É muito popular na África ocidental. Tem cantado com o grupo The Wailers. Estudou Inglês no Hunter College em Nova York, e posteriormente no programa de Idioma Americano (American Language Program) da Universidade de Columbia.
Canta principalmente em Dioula, Francês e Inglês, más também ocasionalmente em Árabe ou Hebraico. As letras de suas canções expressam fortemente atitude e humor relacionados com a política. Inventou a palavra "democrature" (a qual se pode traduzir como "democradura", combinação de democracia e ditadura) para qualificar alguns governos Africanos.


 

Robert Nesta Marley  Conhecido como Bob Marley

Princípio

Marley começou suas experimentações musicais com o ska e passou aos poucos para o reggae enquanto o estilo se desenvolvia. Marley é talvez mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo de reggae The Wailers, que incluía outros dois célebres músicos, Bunny Wailer e Peter Tosh. Livingstone e Tosh posteriormente deixariam o grupo para iniciarem uma bem-sucedida carreira solo.
A maioria do trabalho inicial de Marley foi produzida por Coxsone Dodd no Studio One. O relacionamento dos dois se deterioraria mais tarde devido a pressões financeiras, e no começo da década de 1970 ele produziu o que é considerado por muitos o seu melhor trabalho, então pelas mãos de Lee "Scratch" Perry. A dupla também se separaria, desta vez por problemas com direitos autorais. Eles trabalhariam juntos novamente em Londres, e permaneceriam amigos até a morte de Marley.
O trabalho de Bob Marley foi amplamente responsável pela aceitação cultural da música reggae fora da Jamaica. Ele assinou com o selo Island Records, de Chris Blackwell, em 1971, na época uma gravadora bem influente e inovadora. Foi ali, com No Woman, No Cry em 1975, que ele ganhou fama mundial.


Tiroteio e violência eleitoral
 
Bob Marley & The Wailers ao Vivo no Crystal Palace Park durante a Uprising Tour.
Em 1976, dois dias antes de um show gratuito organizado por Bob Marley e o então primeiro-ministro jamaicano Michael Manley durante as eleições gerais, Marley, sua esposa Rita e o empresário Don Taylor foram baleados na residência do astro em Hope Road. Marley sofreu ferimentos leves no braço e no tórax. Don Taylor levou a maior parte dos tiros em sua perna e torso ao andar acidentalmente na frente da linha de fogo. Ele foi internado em estado grave mas recuperou-se. Rita Marley também foi internada após um grave ferimento na cabeça. Acredita-se que o tiroteio teve motivações políticas (os políticos jamaicanos eram em geral violentos na época, especialmente quando as eleições se aproximavam). O concerto foi visto como um gesto de apoio ao primeiro-ministro, e supostamente Marley foi alvo dos defensores do partido conservador da Jamaica, o Jamaican Labour Party. Embora a polícia nunca tenha pego os atiradores, pessoas desconhecidas "acertaram as contas" mais tarde com eles nas ruas de Kingston. Além disso, o Candidato Michael Manley foi eleito.


Final de carreira

Bob Marley deixou a Jamaica no final de 1976 e foi para a Inglaterra, onde gravou os álbuns Exodus e Kaya e onde também foi preso pela posse de um cigarro de maconha. Ele lançou a música Africa Unite no álbum Survival em 1979, e então foi convidado a tocar nas comemorações pela independência do Zimbabwe em 17 de abril de 1980.


Colapso e tratamento

O câncer espalhou-se para seu cérebro, pulmão e estômago. Durante uma turnê no verão de 1980, numa tentativa de se consolidar no mercado norte-americano, Marley desmaiou enquanto corria no Central Park de Nova Iorque. Isso aconteceu depois de uma série de shows na Inglaterra e no Madison Square Garden, mas a doença o impediu de continuar com a grande turnê agendada. Marley procurou ajuda, e decidiu ir para Munique para tratar-se com o controverso especialista Josef Issels por vários meses, não obtendo resultados.

Morte                                                                                                                            Um mês antes de sua morte, Bob Marley foi premiado com a Ordem ao Mérito Jamaicana. Ele queria passar seus últimos dias em sua terra natal, mas a doença se agravou durante o vôo de volta da Alemanha e Marley teve de ser internado em Miami. Ele faleceu no hospital Cedars of Lebanon no dia 11 de maio de 1981 em Miami, Flórida, aos 36 anos. Seu funeral na Jamaica foi uma cerimônia digna de chefes de estado, com elementos combinados da Igreja Ortodoxa da Etiópia e do Rastafarianismo. Ele foi sepultado em uma capela em Nine Mile, perto de sua cidade natal, junto com sua guitarra favorita, uma Fender Stratocaster vermelha

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James Chambers Conhecido como Jimmy Cliff

É um músico jamaicano de reggae. É o menos compreendido de todos os grandes mestres do reggae, tendo sido acusado de abandonar as origens rastas, porém é respeitado por ter sido o primeiro a abrir as portas do sucesso ao reggae na Europa e no resto do mundo.
A sua religião lhes causou muitos problemas na Jamaica com os rastas. Num incidente estranho, em um grande show com os Wailers em Kingston nos finais de 1975, rastas radicais, indignados com sua dedicação ao islamismo, chegaram a cuspir em sua cara. Este foi um dos motivos que o fez mudar-se para a Inglaterra.
Seu ingresso no mundo da música revela um dado curioso: Leslie Kong, proprietário de uma loja de discos, fez sucesso como produtor investindo exatamente no garoto Jimmy. Mais tarde, o mesmo Kong teria o privilégio de encaminhar Bob Marley para a sua primeira gravação. Cliff alcançou notoriedade fora da ilha por sua participação no filme The Harder They Come, produzido pela gravadora Island e protagonizado por ele e seus compatriotas Desmond Dekker, The Maytals e Melodians (os dois últimos, grupos vocais que, assim como o muçulmano Cliff, faziam uma celebração da vida mais suave e menos politizada que os Wailers).
Retratando o cotidiano dos adolescentes pobres de Trench Town, os rude boys, o filme foi mais uma arma da Island para difundir o reggae pelo mundo. Tal investimento nem seria necessário: o reggae conquistaria a ilha colonizadora mais cedo ou mais tarde.




David Nesta Marley Conhecido como  Ziggy Marley

Após a morte de seu pai em 1981, Ziggy Marley foi apontado como sucessor natural de Bob Marley. "Ziggy" Marley teve suas primeiras aulas de guitarra e bateria com Bob Marley. Quando tinha 10 anos era presença constante nas gravações dos The Wailers, banda que acompanhava seu pai. Tinha 17 anos quando estreou em disco com o grupo The Melody Makers, formado por parentes da família Marley, em Play The Game Right, de 1985. Nessa época já utilizava o nome Ziggy, escolhido em homenagem a David Bowie — seu ídolo, que havia lançado The Rise And Fall of Ziggy Stardust and The Spiders From Mars, álbum fundamental na história do rock, em 1972.
Em 1986 veio Hey World!, com sotaque mais pop. As fracas vendas do trabalho preocuparam o artista, que deu a resposta aos críticos dois anos depois, com Conscious Party, álbum com o hit "Tomorrow People". No ano seguinte, em 1989, One Bright Day entrou na lista dos 20 discos mais vendidos da revista Billboard.
Na década de 1990, Ziggy Marley & The Melody Makers lançaram Jahmeyka (1991), Joy And Blues (1993), Free Like We Want 2 B (1995), Fallen is Babylon (1997) e, por fim, The Spirit of Music (1999). Em todos os trabalhos, um ponto em comum: Ziggy nunca deixou de incluir suas mensagens de protesto e sua voz política, principais heranças deixadas por Bob Marley.



Lucky Philip Dube Conhecido como Lucky Dube

Início da vida

Lucky Dube nasceu em Ermelo, anteriormente chamada de Eastern Transvaal, e agora de Mpumalanga, em 3 de agosto de 1964. Seus pais separam-se antes de seu nascimento e ele foi renegado pela sua mãe, Sarah, sua avó materna o batizou de Lucky (Sortudo em inglês), porque ela considera seu nascimento sorte. Juntamente com seus dois irmãos, Thandi e Patrick, Dube passou grande parte de sua infância com sua avó, enquanto sua mãe mudou-se para trabalhar. Em 1999 uma entrevista, revelou que sua avó foi descrita como "o amor maior", e que "fez muitas coisas para tornar esta pessoa responsável que sou hoje."
Início de sua carreira musical
Na infância, Dube trabalhou como jardineiro, mas, percebendo que ele não estava ganhando o suficiente para alimentar a sua família, ele começou a frequentar a escola. Lá ele juntou um coro e, com alguns amigos, formou seu primeiro conjunto musical, chamado The Band Air Route. Enquanto na escola, ele descobriu o movimento Rastafari. Na idade de 18, Dube juntou seu primo a banda, O Love Brothers, tocando música pop conhecido como Zulu mbaqanga enquanto o financiamento para a sua vida pelo trabalho Hole e Cooke como um guarda de segurança no carro leilões em Midrand. A banda assinou com a Record Teal Companhia, sob Richard Siluma (Teal foi mais tarde incorporada Gallo Record Company). Embora Dube estava ainda na escola, a banda material gravado em Joanesburgo, durante a sua férias escolares. A resultante álbum foi lançado sob o nome de Lucky Dube e os Supersoul. O segundo álbum foi libertado pouco tempo depois e, desta vez Dube escrevi algumas das letras, além de cantar. Foi nesta mesma época que ele começou a aprender Inglês.
Passando em reggae
Sobre o lançamento de seu quinto álbum, Mbaqanga, Dave Segal (que se tornou engenheiro de som de Dube) incentivou-o a largar o "Supersoul". Todos os álbuns foram gravados posteriores como Lucky Dube. Neste momento Dube começou a notar que os fãs estavam respondendo positivamente a algumas canções durante os concertos ao vivo. Inspirado em Jimmy Cliff e Peter Tosh, ele sentiu que o contexto sócio-político mensagens associadas com o reggae jamaicano foram relevantes para uma audiência em uma sociedade Sul-Africana racista.
Ele decidiu tentar o novo gênero musical e, em 1984, lançou o mini-álbum "Rastas Never Die". O registro vendeu pouco - cerca de 4.000 unidades - em comparação com as 30.000 unidades vendidas com o "mbaqanga". Keen para suprimir o activismo antiapartheid, o regime proibiu o álbum em 1985. No entanto, ele não foi desencorajado e continuou a realizar shows de reggae ao vivo e escreveu e produziu um segundo álbum, "Think About The Children (1985)". Atingiu disco de platina e estabeleceu-se como um artista popular na África do Sul, além de atrair a atenção fora da sua pátria.